Promover a abertura para mudança e para o diálogo é um princípio essencial para quem deseja inovar
Vivemos um momento de transição na sociedade que influencia a forma como nos relacionamos com as pessoas, com o meio onde vivemos e até no modo como administramos negócios e conduzimos equipes.
Tratando especificamente do âmbito empresarial, visões do mercado antes arraigadas em um entendimento puramente hierárquico e padronizado de gestão, hoje são substituídas por pautas como a formação de times multiculturais e o gerenciamento horizontal dos negócios.
Neste cenário, grupos de líderes despontam em detrimento da postura clássica de chefia e a abertura para o debate de ideias que promove a inovação é utilizado em gigantes do mercado, gerando mais valor do que os tradicionais comandos “de cima para baixo”.
É hora de abrir seu negócio para o novo, é hora de desconstruir conceitos antiquados.
Transformando paradigmas na gestão de um negócio
Entendendo este pressuposto, claramente, não precisamos alterar de modo abrupto todas as bases que sustentam nossas empresas. O importante aqui é analisar uma companhia como um reflexo da sociedade, onde o novo convive com o tradicional e, em conjunto, fomentam a estrutura cultural que irá conduzir nosso futuro.
Neste sentido, ao falar da transformação nos paradigmas gerenciais de um negócio, o que se quer dizer é que, mantendo aquilo que é funcional e útil para uma empresa, os gestores devem se preocupar em transformar comportamentos contraproducentes e que só atravancam os processos de inovação em qualquer empresa.
Especialistas e veículos segmentados do mercado, por exemplo, concordam que há certas características que denunciam um modelo de gestão ultrapassado e totalmente avesso a promoção de uma mentalidade disruptiva nos negócios, listo aqui três delas:
Desinteresse por novos conhecimentos ou tendências da tecnologia
É difícil – e até contraditório – conceber que uma empresa inovadora seja conduzida por chefes avessos a buscar novos conhecimentos, entender diferentes modelos de gestão e fechados para a própria tecnologia que gera impactos no ambiente de negócios global.
Na economia atual, não há mais espaço para o velho chavão impositivo “na minha empresa, eu faço as coisas de meu jeito e pronto”, uma vez que, quem adota esta postura tende mesmo a ficar para trás.
Como bem observou Fabian Gil, presidente da Dow para a América Latina, em matéria recente da Época Negócios: “As grandes empresas precisam se livrar de seus egos. Elas acham que sabem tudo”. Adaptando a frase para o contexto da liderança, o fundamental é compreender que não sabemos de tudo e aprender sempre faz parte do processo de gestão de uma empresa.
Visão excessivamente hierárquica
A administração moderna não é mais pautada por relações coercitivas, mas sim, pela busca de uma comunicação aberta entre líderes e equipes, construídas através da troca de informações, brainstorms e colaboração mútua.
E isso porquê, para mantermos as melhores cabeças em nossos negócios, precisamos estimulá-los a contribuir com ideias criativas e não limitar o desenvolvimento de pessoas em relações pouco eficientes de microgerenciamento.
Fechar-se para o multiculturalismo
Por fim, um bom mote para se adotar no dia a dia pode ser resumido na ideia de que promover a diferença é promover a inovação. A lógica é simples, mas eficaz: enquanto aplicarmos as mesmas ideias, teremos sempre os mesmos resultados, ao passo que, estimular um convívio rico entre diferentes culturas, pode ser a chave que você estava procurando para sair da mesmice nos processos de sua empresa e adentrar, de uma vez por todas, no universo da disrupção.
Originalmente publicado em julho de 2017